domingo, 10 de agosto de 2008

Vestígios saudosos de Portugal

Voltei a SP ontem. Cansei de descrever tudo o que aconteceu em Portugal. Fiz tanta coisa, bebi tanto vinho da melhor qualidade, conheci tanta gente SENSACIONAL, visitei lugares incríveis, senti tanto carinho, que descrever mais do que isso seria uma grande besteira perto de tudo que senti na pele. Meus amigos já perguntaram e ainda perguntam como foi. Eu respondo sempre com grande prazer.

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Comprei e ganhei cd's de artistas portugueses. Estou escutando todos agora... rock, pop, fado, etc etc... muito bom. Já sinto saudades.

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Ontem o céu estava preto em SP. Quando o avião pousou.

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Logo logo estou de mochilão nas costas para partir para o Piauí em "expedição científica". Ainda essa semana. Recomeça o meu projeto. Com muito mais objetivo depois da viagem recente.

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Estou curto de palavras hoje. Acho que o sentimento nostálgico português ainda está entranhado em mim.

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Falei com a Cé hoje, com a Narizinho ontem e com a Gabi logo mais. É tão bom ter amigos e pessoas que te fazem sentir bem. A solidão provisória é ótima quando você sabe que pode se agarrar na borda da piscina antes de se afogar. Sempre há uma mão, mesmo que sem querer, te levando a respirar.

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Eu geralmente acho isso chatíssimo, mas vou colocar uma letra de uma música portuguesa do Jorge Palma que gosto muito aqui:

olá!
sempre apanhaste o tal comboio?
eu já perdi dois ou três
entre o ócio e as esquinas
ganhei o vicio da estrada
nesta outra encruzilhada
talvez agora a coisa dê
o passado foi à história
cá estamos nós outra vez

conheço a tua cara, mas não sei o teu nome
escrevo já aqui, não sei o quê, arroba-ponto-com
vou-te reencontrar noutro bar de estação
ou talvez quando perder mais um avião
o barco vai de saída, tu estás tão bronzeada
é tão bom ver-te assim, ardente,
tão queimada

eu quero reencontrar-te noutra esquina qualquer
sem saber o teu nome ou se ainda és mulher
quero reconhecer-te e beber um café
dizer-te de onde venho e perguntar-te porquê
sorrir-te cá do fundo, subir os degraus
eu quero dar-te um beijo
a cinquenta e tal graus

sempre apanhaste o tal comboio?
eu já perdi dois ou três
entre o ócio e as esquinas
ganhei o vício da estrada
nesta outra encruzilhada
talvez agora a coisa dê
o passado foi à história
cá estamos nós outra vez
cá estamos nós outra vez...

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Amanhã sou brasileiro outra vez!

Um comentário:

Gabi disse...

Bem, eu entendo a nostalgia da Europa... Eu também tive! No seu caso, deve ser ainda mais forte, porque eu imagino que você deve sentir falta da sua família.
Em todo caso, seja bem-vindo de volta... Foi muito bom falar com você! Espero poder ser sempre uma mão amiga na sua vida, porque eu realmente te acho muito especial!