quinta-feira, 27 de maio de 2010

nã...

Insônia.

Descobrir a Hypnotic Brass Ensemble foi o que aconteceu de mais legal hoje. Além de ter almoçado pão de queijo, chá e pão de mel.

Certo. Almoçar pão de queijo, chá e pão de mel não foi legal. O que deixa o dia 26 de maio de 2010 bastante chato. É isso aí. 26/05/2010 foi um dia chato. Não vai haver outro. Não tem segunda chance. Quase tão chato quanto esse post vai ser.

Fui na USP hoje, trabalhar no laboratório, pra variar. Meu quarto estava fazendo com que eu me sentisse um fungo.

Sempre esbarro com um ou outro. Dou um sorriso amarelo, falo alguma gracinha e desejo, inutilmente, me teletransportar para Kathmandu, com uma mochila nas costas, a barba por fazer e uma camisa xadrez toda amassada.

Esse sou eu. O eu fora da Matrix é um sujeito com a mochila nas costas, barba por fazer e uma camisa xadrez amassada.

Não consigo pensar em mais nada pra falar nesse momento.

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Lost acabou. O que não faz a menor diferença. Nunca assisti um único episódio. Mas pelo menos as pessoas vão falar, possivelmente, de algum assunto que me interessa agora.

Nã... provavelmente não.

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Pra salvar:

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Sério

Estou encolhendo. Tenho certeza.

When logic and proportion
Have fallen sloppy dead
And the White Knight is talking backwards
And the Red Queen's "off with her head!"
Remember what the dormouse said;
"Keep YOUR HEAD"

terça-feira, 18 de maio de 2010

Mas que diabos. Esse é o post de número 100 e eu não vou falar sobre isso.

Domingo fui na virada cultural de SP.

Vi o Toquinho ao meio dia. Foi mais legal do que eu imaginei. Não sou fã do Toquinho. Fui para socializar. Isso. Para socializar.

Depois fui almoçar com amigos. Socializando.

Em seguida vi uns 10 minutos do show do ABBA.

Foi bastante idiota. Parecia uma daquelas bandas que tocam em cruzeiros marítimos para velhos, ou em churrascarias. Não entendo bem o efeito que as músicas do ABBA tem nas pessoas. Acho que eles devem ter um pacto com o demônio.
Tentamos sair dali porque a OSESP (orquestra sinfônica do estado de SP) iria começar a tocar em outro lugar. Essa tarefa se demonstrou muito desagradável. Consegui sair de lá do meio das pessoas uns 20 minutos depois de começar a tentar, me senti como se houvesse participado de uma orgia. Eu não achei legal participar de uma orgia com aquelas pessoas que estavam lá.

Enquanto o ABBA tocava havia umas pessoas fantasiadas, penduradas em uns fios presos em prédios, muito altos. Não entendi bem o propósito. As pessoas aplaudiam freneticamente, mas creio que se colocassem um lutador de sumô cagando no meio da praça, elas também aplaudiriam freneticamente. É o poder do pacto satânico que o ABBA fez. Certeza.

Fiquei, como de costume, maravilhado com a OSESP e com o grupo de dança de SP. Eles fazem algo que presta e que exige alguma habilidade e bom gosto. Nem achei ruim as pessoas falando alto e aplaudindo em momentos inapropriados.

Compreendi perfeitamente. Eu sou muito legal e compreensivo.

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Pretendia meter o pau em Avatar um pouco mais. Pensei em algo brilhante sobre esses enlatados hollywoodianos. Mas esse post está ficando grande e eu estou um pouco mal humorado.

Até outro dia.

sábado, 15 de maio de 2010

Entre cervejas e coxinhas verdes

Ontem a noite resolvi passar por uma experiência antropológica.

Era sexta. As pessoas querendo se divertir e saindo por aí. Havia uma festa na biologia que eu não quis ir pra não esbarrar com gente desagradável. Além de detestar festas onde as pessoas fingem se divertir no meio de meio mundo de seres absolutamente desinteressantes e música ruim.

Saí sozinho. Entrei na favela São Remo e parei em cada boteco que encontrei. Rompi minha promessa de parar de beber antes de ir pra China e tomei cervejas em todos os lugares. Em alguns comia umas coxinhas meio esverdeadas.

Conversei com umas pessoas. Prostitutas, velhos desesperançados que jogam sinuca esperando a morte chegar, bandidos... enfim, muita gente como qualquer uma que eu encontro todo dia, em todos os lugares. Só o contexto social era diferente. O que mudou foi a percepção das chances de ter o corpo ou a alma assassinados. Temi pelo meu corpo mais do que pela minha alma, se é que você entende. Eu não faço parte daquele lugar. Era novidade.

Já a minha alma, essa é assassinada todo dia em lugares socialmente mais respeitosos, onde as bostas das pessoas como eu e você vivemos.

Ontem me senti estupidamente vivo.

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Comprei ontem e já li "o capitão saiu para o almoço e os marinheiros tomaram conta do navio", do Charles Bukowski. Eu adoro esse velho.

Na verdade Bukowski e Heminway são sujeitos que eu adoro ler, mas muito provavelmente odiaria conhecer.

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Também terminei de ler "orgulho e preconceito e zumbis". Se trata do clássico "orgulho e preconceito" da maravilhosa Jane Austen, com "enxertos" e adaptações para inserir zumbis e ninjas na história. O responsável por isso se chama Seth Grahame-Smith.

O resultado é muito bom e histericamente cômico.

Mas, é claro, essa é uma opinião bem pessoal de um sujeito (eu) de gosto profundamente duvidoso.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Da perda de tempo

Ando escrevendo essas cartas mentais novamente. Dessas que não saem da cabeça e nunca serão enviadas. Creio que todo mundo passa por isso de tanto em tanto tempo.

O mestrado está sob controle. Qualifico agora no começo de maio e defendo em agosto. Finalmente. A apresentação no simpósio do Japão está em cima, a viagem para a China está marcada e organizada (até onde eu quero que ela seja organizada). Meus planos profissionais estão sob controle.

É normalmente nesses momentos que eu escrevo cartas com meus neurônios.

A vida continua e eu continuo sem entender um monte de coisas.

Acho que é melhor assim.





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Finalmente vi Avatar.

Parece um vídeo game, mas é bonito.


Porém... é idiota e simplório que dói.

Ô filmezinho com um conceito burro. Credo. Dá dó tanta grana gasta para fazerem uma história imbecil como aquela.


Discorrer sobre o assunto é chato e dá preguiça. Se alguém se sentir pessoalmente ofendido, pode vir discutir comigo.

Eu adoraria ser convencido de que aquilo tudo não foi uma perda de tempo (mesmo! Sem sarcasmo!).



Adorei o seu penteado redneck/chitãozinhochororó, meobeim!

domingo, 9 de maio de 2010

Eu realmente tenho mais o que fazer!

Ontem eu fui na avenida Paulista, pra variar.
Me pararam umas cinco vezes, em momentos diferentes, para me entregarem um panfleto da marcha pela maconha (!).

Eu não fumo maconha. Não tenho nada contra quem fuma. Desde que plantem sua maconheira (deve ser o nome do pé de maconha) na sua casa. Eu não me misturo com bandido, não dou dinheiro para eles (ou pra alguém que vai dar para eles), e nem consumo nada comprado deles por qualquer pessoa. Se deveria, ou não, ser legalizada, é outra questão, o fato é que não é e essa grana vai pra bandido, assassino e ladrão.

Enfim, isso dá pano pra manga e seria muito chato postar algo assim nesse blog.

Não peguei nenhum panfleto, os recusei educadamente.

Marcha da maconha... Eu tenho mais o que fazer!

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O comentário aí de cima também vale pro espertão que compra som pra carro, ou qualquer coisa, com origem duvidosa. É o tipo de pessoa que defende a pena de morte, por exemplo, ou que reclama da violência, jogando a culpa nos "safados do governo".

Você nem sabe o que tá falando.

domingo, 2 de maio de 2010

Resolução de 2 de maio

O seu Américo é o senhor português bigodudo e baixinho que corta os meus cabelos. Acho que já falei isso por aqui. Mas não lembro direito. Posso estar semi-bêbado nesse exato momento. Me perdoem.
Quando chego por lá ele me chama de filho, pergunta como eu estou, quando eu vou casar, viajar, ter filhos, etc. É tipo pai. Já que eu perdi o meu, o seu Américo vem bem a calhar. Sempre que passo por ali eu entro na barbearia (sim, barbearia, não é cabelereiro) e dou um abraço nele, que prontamente afaga minha cabeça, desarrumando ainda mais o meu cabelo, e pergunta as mesmas coisas.

Me disseram pra eu ir em um cabelereiro e cortar meu cabelo assim ou assado. Mas não vou fazer isso. Não quero perder o seu Américo também.

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O senhor supra citado morava em Teresópolis. Veio de Portugal pra lá há uns 30 anos. Se envolveu com mulheres brasileiras, as aproveitou (me contou tudinho!), mas as achou assanhadas demais e "importou" uma namoradinha da infância dele, depois de conversar com a mãe, da vila onde morava em Portugal. Estão casados até hoje, com lindos filhos e netos, dos quais vive falando com muito orgulho.

Seu Américo não se muda do Butantã. Tem dó de deixar sua clientela sem um barbeiro.

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Acabei de beber minhas últimas cervejas antes de viajar para a China.

Resolução de 2 de maio.