sexta-feira, 28 de março de 2008

Luiz e a rapaziada

Hoje eu fui na FAPESP. Como sou muito esperto resolvi ir a pé, apesar dos avisos de que era longe, e de que havia ônibus que me deixaria na porta.

Me pus a caminhar. E no segundo bloco eu já na sabia mais pra onde ir.

Perguntei aonde ficava a tal da rua pra meia dúzia de pessoas e cada uma me mandava pra um lado. Quando me dei conta estava no meio de não sei aonde.

Então, quando estava rindo pela minha estupidez, perguntei para um segurança de uma vila.

-Oi! Bom dia!

-Hmmm... bom dia... - Disse o guarda com uma voz meio mole.

-O senhor sabe aonde fica a rua Pio XI?

- Hmmm... olha... vem cá... você desce aqui por essa rua... - E o guarda pegou no meu braço de um modo muito delicado e gentil.

- Sei...

- Aí vai até o sinal e dobra pra direita... - me fez um carinho no ombro.

- Aaaaah! Tá bom! Obrigado! Já sei! Muito obrigado, viu? - Saí com alguma pressa pelo caminho indicado.

Não demorou muito pra eu ver que esse caminho era falso. Então não tinha mais nada pra fazer a não ser perguntar novamente.

Um grupo de velhinhos sentados em cadeiras na calçada foi muito útil...

-Oi! Bom dia, rapaziada!

-Bom dia, garoto!

-Eu tô cansado, todo suado e preciso chegar logo na rua Pio XI...

-Ah garoto, senta aí e joga um dominozinho enquanto descansa.

O seu Zé, bem magro, não tinha nenhum cabelo e usava uma máscara cirúrgica na boca e nariz; o seu Manoel era vermelho e encorpado, falava muito; o seu Mathias era mais quieto e usava a camisa aberta até a barriga.

Joguei com o seu Manoel. Ele me pareceu mais esperto.

Bom, depois do seu Manoel esbravajar, perdemos vergonhosamente. Os malandros eram o seu Zé e o seu Mathias. O seu Manoel era só o que falava muito.

-Vê se aparece qualquer dia, garoto!

A rapaziada me indicou o caminho e eu acabei chegando lá depois de uma boa caminhada.
Pingando de suor.

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