terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Passa o ponto logo!

Hoje fui na USP. No caminho, de dentro do ônibus, vi um bar muito interessante.

O estabelecimento se chamava Che, e o logotipo era a assinatura do homônimo famoso (o Guevara). Enfim, uma nítida homenagem de um admirador político ou de um jovem empresário precoce e rico que nem sabe direito quem foi o homenageado, mas que tem uma camisa do próprio e que sabe que muitos jovens na mesma condição têm camisas semelhantes (achei mais provável).

Acima do logotipo podia se ler em belas letras maiores do que o nome do bar: “HASTA LA VICTORIA SIEMPRE”, frase creditada ao foco da discussão aqui (ao Guevara, e não ao bar, que não pode falar).

Lembrei das notícias recentes referentes a Cuba e ao patético agasalho esportivo de Fidel Castro. Uma sombra bem deprimente do que essas coisas todas parecem ter representado um dia. Tudo bem diferente do clima do bar, moderno, aconchegante, bem cuidado e em uma ótima vizinhança.

Bom, abaixo de tudo isso, em uma faixa suja e esfarrapada, com letras vermelhas, encontrava-se:

“PASSO O PONTO!”.

E entendi tudo.

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A coisa mal escrita aí de cima me fez lembrar do “JESUS CRISTO É O SENHOR” que vem em letras maiores e mais chamativas do que o letreiro “Igreja Universal do Reino de Deus” nos templos desta instituição.

“Bom, a mensagem vem antes do que o indivíduo, é ela que importa e não a instituição ou as pessoas”, diria o filósofo socialista ou o pastor.

Mas pensando bem, risque essa baboseira e substitua por: “A propaganda é a alma do negócio”.

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Eu nunca vi tanta mulher grávida na minha vida. A cada esquina encontro duas ou três.

Há algumas hipóteses para isso:

- Há 8 ou 9 meses o universo entrou em uma conjunção e deixou todas as pessoas taradas por um breve período;

- Depois de ver o filme “Juno” de Diablo Cody, eu fiquei obcecado por mulheres grávidas e meus sentidos estão muito mais sensíveis à presença delas;

- À medida que meus planos de ser pai vão se afastando meus instintos cismam em me chamar de volta, me mostrando, lógica e inconscientemente, mulheres prenhes.

Faz sentido. Mas não tem a menor importância.

2 comentários:

Wanessa Araújo disse...

Tudo tem um sentido de ser, meu caro!

Desde o "Che-Gue Bar" fechando, passando pelo Senhor Jesus da "sábia" Universal, ao tanto de mulheres prenhes que insistem em te seguir...

Para tudo há uma explicação. E nem pense em duvidar disso, vá por mim.
É só parar e pensar um pouco...

Enfim. Tchururu.
;)

Anônimo disse...

Essa semana me indicaram esse filme (Juno). Devo assisti-lo esse fim de semana... :)