O seu Américo é o senhor português bigodudo e baixinho que corta os meus cabelos. Acho que já falei isso por aqui. Mas não lembro direito. Posso estar semi-bêbado nesse exato momento. Me perdoem.
Quando chego por lá ele me chama de filho, pergunta como eu estou, quando eu vou casar, viajar, ter filhos, etc. É tipo pai. Já que eu perdi o meu, o seu Américo vem bem a calhar. Sempre que passo por ali eu entro na barbearia (sim, barbearia, não é cabelereiro) e dou um abraço nele, que prontamente afaga minha cabeça, desarrumando ainda mais o meu cabelo, e pergunta as mesmas coisas.
Me disseram pra eu ir em um cabelereiro e cortar meu cabelo assim ou assado. Mas não vou fazer isso. Não quero perder o seu Américo também.
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O senhor supra citado morava em Teresópolis. Veio de Portugal pra lá há uns 30 anos. Se envolveu com mulheres brasileiras, as aproveitou (me contou tudinho!), mas as achou assanhadas demais e "importou" uma namoradinha da infância dele, depois de conversar com a mãe, da vila onde morava em Portugal. Estão casados até hoje, com lindos filhos e netos, dos quais vive falando com muito orgulho.
Seu Américo não se muda do Butantã. Tem dó de deixar sua clientela sem um barbeiro.
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Acabei de beber minhas últimas cervejas antes de viajar para a China.
Resolução de 2 de maio.
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