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No meio do filme meu celular caiu do meu bolso para o chão. Nem me movi, certamente não encontraria o dito.
No fim do filme, com os olhos embaçados de lágrimas, me ajoelhei e comecei a tatear debaixo das cadeiras, por entre chicletes e pipocas, e nada de encontrar o aparelho.
Duas moças que riam sem parar (de empolgação por terem visto um filme tão bom, creio eu) começaram a achar minha postura meio excêntrica, e sem ter como me explicar pela dificuldade em achar o celular só me restou dizer:
-Ensaio sobre a cegueira, né?
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A barriga do cara que sentou do meu lado não parava de fazer barulhos altíssimos. Rezei pra ele não deixar escapar gases.
Ele falava altíssimo também.
Acho que pra disfarçar o som da barriga. Tinha uma moça do lado dele, e pela conversa era a primeira vez que saíam a sós.
De ódio passei a sentir pena do pobre.
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