OK. O amor é uma cabeça de gafanhoto que eventualmente é devorada por um macaco selvagem no meio de um calor infernal (vide post anterior).
O meio inóspito do cerrado do interior do Piauí está me ensinando muitas coisas.
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Ontem/hoje vim para Brasília e hoje à noite estarei em SP para um congresso e para umas aulas.
No ônibus para cá (Brasília) uma velhinha dormiu do meu lado e se encostou em mim como se eu fosse o neto dela. Lá pelo meio da madrugada ela pegou um lençol e me cobriu. Realmente fofo e meigo.
Quando amanheceu ela falava comigo como se eu fosse alguém da família mesmo...
-Você acha que eu devo ligar para as meninas? É melhor, né?
-Ãhn... bem... eu não sei... que meninas? - Perguntei meio perdido.
-É. É sim, é melhor. Eu vou aproveitar que o ônibus parou e vou ligar.
Minha cara se contorceu em um ponto de interrogação por dois segundos e depois relaxei, fingindo de novo como fingi na noite anterior quando a senhorinha me cobriu.
Imaginando que ela é a vó esclerosada que eu não tenho.
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Um comentário:
Hahaha, você e suas histórias... Parece até eu! Como quando uma mulher começou a chorar no meu ombro, no ônibus, do nada.
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